Um deus assassino

Faz hoje um ano que aconteceu o ataque terrorista à revista francesa Charlie Hebdo, que todos recordamos. Como é compreensível, os atuais editores fizeram uma edição que recorda esse dia terrível em que, em nome de um fanatismo religioso e ideológico sem limites, foram assassinados vários dos cartonistas e colaboradores da revista. 
Na capa do número de hoje, surge um desenho de um deus assassino, com uma metralhadora a tiracolo e as roupas manchadas de sangue. Não gosto do desenho. Não sei se existe um deus ou não, se é um velhote barbudo, uma grande mãe ou a máquina do universo. O que sei é que os deuses e as ideias não têm culpa dos dislates, exageros e violências que se cometem em seu nome.
Não gosto do desenho. No entanto, considero que os desenhadores da revista Charlie Hebdo têm todo o direito de o fazer, se lhes apetecer. A isso, chama-se liberdade de expressão. E faz toda a diferença!


Comentários

  1. Independentemente de qualquer crença, o ilógico da coisa é que um Deus poderoso e omnipotente não precisa de intermediários para impor os seus mandamentos. Em querendo obrigar os crentes a submeter-se à sua vontade, o que não é assim tão linear... ;)

    Beijocas

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  2. A liberdade, seja de expressão ou qualquer outra das suas formas, é uma faca de dois gumes. A liberdade total quase sempre pisa a liberdade de outras pessoas. Não vivi no tempo do Salazar, mas acho que a libertinagem dos dias de hoje não faz homens nem mulheres tão íntegros e conscientes como era, por exemplo, o meu avô...

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