Hora do chá
Uma vaga de frio polar em Lisboa é sempre uma coisa muito relativa. As temperaturas descem aos cinco ou seis graus durante a noite e atingem uns míseros catorze ou quinze graus a meio do dia. Nada que atrapalhe o resto do país. Mas para os lisboetas, habituados ao seu clima ameno, isto é o suficiente para os fazer enregelar e tremer de frio.
E, quando o frio aperta, poucas coisas confortam o corpo e o espírito como um chá. Tomado à lareira ou com uma mantinha pelos joelhos, ou, se nos apetecer ser mais sociáveis, numa das boas casas de chá que Lisboa tem.
Há algumas mais tradicionais, como a Bénard, ou a Versailles. Mas há propostas mais modernas e inovadoras. Na Tartine, perto do S. Carlos, os chás gelados casam bem com as tartes e tartines de frutas. No Chá do Carmo, são os chás franceses que acompanham os bolos caseiros. A última casa de chá que visitei foi a Castella do Paulo, junto à Igreja da Conceição Velha. Aí, o ambiente e os chás são japoneses. E, a não perder, os bolos tradicionais, as castellas, descendentes diretos do nosso pão de ló. Absolutamente deliciosas, as castellas de chocolate, ou de chá verde.
Não se sabe ao certo qual a origem do chá, mas a lenda mais simpática conta que um imperador chinês, lá pelo ano 2750 a. C., decretou que todos os seus súbditos deveriam beber a água apenas depois de fervida. Tendo caído umas folhinhas dentro da água fervida ainda quente, o imperador constatou que aquela infusão era deliciosa.
Da China, o chá transitou para o Japão, onde os portugueses o encontraram e trouxeram para a Europa, no século XVI. Quando a princesa Catarina de Bragança casou com o rei Carlos II de Inglaterra, levou consigo o consumo do chá, no entanto, o hábito do five o'clock tea parece dever-se, não à princesa, mas à duquesa de Bedford, no século XIX. As únicas plantações de chá existentes na Europa localizam-se em Portugal, nos Açores.
Para saber tudo sobre o chá, pode-se visitar a exposição "O Chá - de Oriente para Ocidente", que está disponível no Museu do Oriente até ao mês de Março. E depois, ir beber um cházinho, porque não?
O frio é bom para as gripes e constipações:)))
ResponderEliminarQuanto ao chá, nada tenho a acrescentar de uma stôra de História. Não há muito que falei disto aos meus alunos, também.
Beijinho
Oh, há sempre tantas coisas para aprender! :)
EliminarBjs
Eu fui à santa terrinha e ia morrendo gelada!
ResponderEliminarAgora imagina como é que será ainda mais a norte?
Adoro chás quentinhos!
Abraço
Mais para norte, precisam de mais chá quentinho! :)
EliminarBjs
Obrigada pela sugestão, a exposição parece interessante. E como nunca fui a esse museu, se calhar junto o útil ao agradável! :)
ResponderEliminarAh, e claro, adoro chá, mas só o chá-chá, isto é o preto e de Ceilão. OK, um de limão em caso de constipação... :D
Quanto ao último post, absolutamente de acordo com a tua conclusão: gente dessa laia não pode representar o povo!
Beijocas
Vai ao Museu do Oriente, sim, vais ver que vais gostar. A exposição permanente é muito interessante.
EliminarBjs
Adorei este teu post, sou uma viciada confessa de chá, bebo pelo menos duas chávenas por dia :) A minha avó ofereceu-me um termo pequeno para puder levar o chá para a faculdade (comprado nos cafés todos os dias fica um balúrdio) e é uma delicia, em dias frios como o de hoje, sentar-me no jardim a desfrutar de um chazinho quentinho.
ResponderEliminarNão sabia da exposição, vou ter de visitar antes que se vá embora! Beijinhos*
Olha que bela ideia teve a tua avó! Acho que vou imitar-te!
EliminarBjs
Estou entusiasmada! Para a próxima semana já está marcada a visita ao Museu do Oriente espero bem que não haja impedimentos!
ResponderEliminarDas que falaste não conheço a Castella fiquei cheia de vontade de lá ir.
xx
Se lá fores, experimenta a castella de chá verde, vais gostar de certeza!
EliminarBjs
Experimentarei!Obg.
EliminarEntão e as Vicentinas? O melhor chá de Lisboa, até pelo prazer de ter o bloco de esquerda mesmo na porta ao lado... sabe mesmo bem beber esse chá... e o café Maravilha?... na R. do Vale de Santo António... e a Brasileira carago?... o carago foi só para chatear os tripeiros e o guarani... e a confeitaria nacional?... e o Procópio... enfim mais para "chá" de malte... xiii... e o pavilhão chinês? eo Foxtrot? e o Botequim?... Caramba Teresa... que bela é Lisboa pelo avesso...
ResponderEliminarTens razão, as Vicentinas foi um esquecimento imperdoável! O Café Maravilha é para o chocolate quente e os brigadeiros! A Confeitaria Nacional é mais para o Bolo Rei! E os outros são mais noturnos, para o chá de malte! :)
EliminarOuvi dizer que as Vicentinas foram renovadas e que está tudo mais fresco e como sempre optimo.
EliminarComo já não ando por esses lados há muito tempo que lá não vou.
xx
Gosto imenso de chá e neste momento estou a beber um mate, hábito que ganhei na Argentina. Aquece-me o corpo e a alma...
ResponderEliminarBoa semana
Adoro chá; quente e com origens distintas, é óptimo.
ResponderEliminarChá de limão, faz bem quando é preciso, assim como o de cidreira.
No Verão, chá gelado é um excelente refrescante.
Ai se eu me apanhasse em Lisboa...
ResponderEliminarTantos sítios para visitar, e eu que gosto tanto de chá...
Beijinhos